Oswaldo Hugo Sacramento, esse era o seu nome, muito mais conhecido e eternizado como Barão de Mococoff.

Figura fantástica, simples e humilde, era de uma simplicidade fascinante. Torcedor fanático do Esporte Clube Vitória, ía para a Fonte Nova (a antiga, muito mais romântica) torcer pelo seu rubro-negro sem, no entanto, provocar a ira de ninguém, o que é normal entre adversários. Ao  contrário,  todos gostavam dele, independente do paixão clubística.

No carnaval reinava mais do que o Rei Momo. Comandando a massa nas ruas, a bordo dos alegóricos do seu bloco, o saudoso “Amigos do Barão".

Que saudade.

Identificado com a juventude, de quem era um tiozão, tinha linguagem peculiar. No Baiano de Tênis, sua segunda casa, ao passar de garotas, falava carinhosamente: "Alô, Beleza, Tú "ú!!!!", que virou time de futebol, nos campeonatos do clube .

O vitorioso ALÔ BELEZA .

Quando foi chamado pra fazer folia  no céu, escrevi uma letra que me deixou muito feliz por ter escrito.

Pedindo licença a Pequinho (atacante), compositor do bloco, deixo aqui como pequena homenagem.

Onde há Barão tem carnaval

No salão, na rua tem carnaval,

No céu, na lua, onde ele está,

Tem carnaval.

20 anos de alegrias de montão,

Fazendo folia no seu coração,

Quem canta comigo, sabe o meu refrão... Barão, Barão.

Barão, Barão, Barão, alô beleza povão,

Barão, Barão, Barão, 20 anos de emoção!!!! Onde há Barão...

Me aguarde velho companheiro, lhe garanto que, quando for lhe ver, vou literalmente de mortalha.

Mas sem lança, porque aí também soube que é proibido .

Ruy Botelho.

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