Mais uma carta

17.1.22


Juarez, bicho, sei que na sua nova morada não existe nada do que existe na minha atual.

Outro dia, estava pensando em você e  ouvindo Chico Buarque, tomei a ousadia de pedir emprestado algumas frases de uma das músicas mais inteligentes dele,  pra lhe contar como as  coisas estão por aqui ,parceiro.


“... aqui na terra (ainda estão) jogando futebol, ainda se toca muito samba, muito choro e rock and roll, uns dias chove, outros dias bate sol, mas o que eu quero é lhe dizer, que coisa aqui está preta...”.


Pois é,  um cara doido que você conheceu continua pisando no formigueiro e as formigas estão desorientadas sem saber para onde vão. 

Rearrumar  esse mangue (e essa palavra você conhece bem) vai ser difícil. Portanto, me desculpe se vou continuar a lhe pedir favores, mas pra quem ainda está nesse mundo, mande sua sempre eterna proteção,  pra ver se as coisas se ajeitam e na próxima carta eu possa lhe mandar melhores notícias.

Você sempre foi feliz e enfrentava essas agruras com coragem e competência e, como você agora está mais feliz ainda, sem esse tipo de chatice, fique na companhia de Deus e mostre essa carta pra ele, quem sabe seu prestígio aí não já está igual ao que você sempre teve quando morava aqui.

Vou ficando por aqui, até  breve, continuarei  a lhe deixar informado sobre tudo. Seu grupo (Jujuba) continua unido e pensando em você .

Forte abraço.

Seu irmão. 

Ruy Botelho


IMAGEM DE CAPA: Freepik


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