MARIO PUZO: DE O PODEROSO CHEFÃO A OMERTÀ
16.12.20Na seção Livros, composta por contribuições de nosso amigo José Carlos Barcellos, traremos publicações do escritor norte-americano Mario Puzo. Criador de "O Poderoso Chefão", transposta para a tela do cinema pelo diretor Francis Ford Coppola. Os livros publicados por Puzo trazem as intrigas e emoções do submundo de gângsters, especialmente os de descendência italiana.
SOBRE O AUTOR:
Nascido em Nova York, em 1920, Mario Puzzo tem origem em uma família de imigrantes italianos. Aos 12 anos foi abandonado pelo pai, sendo criado juntamente com seus seis irmãos pela mãe, em uma favela de Manhattan conhecida como Hell's Kitchen.
Puzo começou sua carreira escrevendo para revistas, após servir no exército norte-americano na Segunda Guerra Mundial. Em 1955, publicou seu primeiro romance, "The Dark Arena". Apenas dez anos depois lançaria sua obra mais famosa: a saga da família Corleone. "O Poderoso Chefão" vendeu mais de 21 milhões de cópias.
Os três filmes da série, todos dirigidos por Coppola, renderam várias indicações ao Oscar e nove premiações. Puzo ainda colaborou no roteiro das adaptações e em outras produções de Hollywood, como "Superman", "Terremoto", "O Siciliano" (também a partir de livro seu) e "Cotton Club".
O autor faleceu de insuficiência cardíaca aos 78 anos, em Long Island. Ele havia acabado seu último romance, Omertá, que também trata de uma família mafiosa - o título faz referência à palavra italiana utilizada pela máfia para denominar seu código de silêncio.
Mario Puzo reinventou a literatura de ação e trouxe para o campo das letras a emoção e as intrigas de um submundo recheado de gângsters e heróis de moral duvidosa. Antes de sua morte, em 2001, o mais fiel menestrel da cosa nostra - com romances imortalizados também pelo cinema, como O poderoso chefão - resolveu buscar as origens da máfia numa das principais famílias transgressoras da história italiana. Em Os Bórgias, Puzo acompanha a trajetória do clã criminoso do século XV, uma família real, mas com traços de caráter dignos dos fictícios Corleones. Puzo demorou quinze anos para construir a trama dessa família, algumas vezes escorregadia, mas sempre maligna e extremamente política. A história começa com o Cardeal Rodrigo Bórgia se transformando no sumo pontífice da Igreja Católica, Carlos VI, ao manipular as eleições papais de 1492. Este se muda, então, para o Vaticano, acompanhado da amante e dos filhos: o simples e desprezado Jofre, o irascível e ciumento Juan, a bela e determinada Lucrécia - a mais famosa dos Bórgia - e o guerreiro César. Estes dois últimos envolvidos em uma relação incestuosa que escandalizou a sociedade da época. Determinado a estabelecer uma dinastia própria, Rodrigo controla sua prole com punho de aço e vontade de ferro. Nomeia o primogênito César - amigo pessoal de Maquiavel e o inspirador de seu Príncipe - como cardeal. Mas César tem sangue de soldado e anseia liderar o exército do Papa na conquista da Itália central. Os Bórgias tem como fio condutor o apetite de Rodrigo por poder, riqueza e mulheres. Um apetite apenas rivalizado pelo amor doentio pela própria família. Rodrigo consolida seu poder em uma grande rede de alianças criminosas, que deu origem à grande família mafiosa imortalizada, séculos depois, pelo próprio Puzo. Os Bórgias é um romance histórico empolgante, uma sinfonia repleta de notas dissonantes: amor e orgulho, traição, ódio e assassinato. Um retrato das origens do crime organizado que merece figurar entre os melhores da carreira de Mario Puzo.
Tirano, chantagista, e assassino - sua influência chega a todos os níveis da sociedade americana. Conheça Don Corleone, um homem amigável, um homem justo, um homem arrazoado. O capo mais mortal da Máfia, o padrinho, o poderoso chefão.
Mas nenhum homem se mantém no topo para sempre, não quando ele tem inimigos dos dois lados da lei. À medida que o já idoso Vito Corleone se aproxima do fim de uma longa vida no crime, seus filhos precisam se preparar para administrar os negócios da família. Sonny Corleone já atua nos negócios da família há anos; o veterano da Segunda Guerra Mundial Michael Corleone, porém, não está acostumado com o submundo e reluta em mergulhar na rede de crimes e poder político.
Tanto a polícia como os implacáveis chefes do crime rivais sentem o cheiro de sangue. Para que a família Corleone sobreviva, ela precisa de um novo Don. Mas o preço do sucesso em uma vida violenta pode ser alto demais para suportar...
Uma obra-prima moderna, O poderoso chefão é um retrato contundente do submundo do crime dos anos 1940. Chocante mesmo cinquenta anos depois de ter sido publicado pela primeira vez, essa história convincente de chantagem, assassinato e valores familiares é um verdadeiro clássico.
Junto com "O poderoso chefão" e "O último chefão", este livro fecha a trilogia de Mario Puzo sobre o crime organizado italiano. O enredo de "Omerta" começa quando dois assassinos de aluguel recebem a missão de matar um poderoso chefe da máfia que, há anos, estava aposentado. Com a morte do don, seu filho de criação assume seus negócios com a missão de vingar a morte, punindo os verdadeiros responsáveis pelo crime.
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