LIVROS: LAURENTINO GOMES
30.12.20Na seção Livros, composta por contribuições de nosso amigo José Carlos Barcellos, traremos publicações do escritor brasileiro Laurentino Gomes. Vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Reportagem com o livro "1822", publicação aclamada como Livro do Ano de Não Ficção, tem na trilogia "1808", "1822" e "1889" best sellers que recuperaram a construção institucional do Brasil nos anos que antecederam a proclamação da República.
SOBRE O AUTOR:
Paranaense de Maringá e seis vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, Laurentino Gomes é autor dos livros "1808", sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro; "1822", sobre a Independência do Brasil; "1889", sobre a Proclamação da República; e “O caminho do peregrino” (em coautoria com Osmar Ludovico). O livro "1808" também foi eleito o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras e publicado em inglês nos Estados Unidos. Ao todo, suas obras já venderam mais de 2 milhões de exemplares no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos. Graças à repercussão dos seus livros, o autor já foi eleito duas vezes pela revista Época como um dos cem brasileiros mais influentes do ano. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, tem pós-graduação em Administração na Universidade de São Paulo. É membro titular da Academia Paranaense de Letras.
O maior fenômeno de vendas do mercado editorial brasileiro na categoria não-ficção é agora relançado em versão atualizada e ampliada pela Globo Livros. 1808, de Laurentino Gomes, já vendeu mais de 1 milhão de exemplares, e nessa nova edição traz um capítulo inédito com informações até hoje pouco conhecidas a respeito da criação do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, que completa duzentos anos em 2015. Saiba como nasceu o Brasil de hoje.
Em 1822, o escritor compara diferentes relatos sobre o dia 7 de setembro que redefiniu os rumos do nosso país. Mais do que desmistificar o grito da independência às margens do Ipiranga, o escritor analisa como D. Pedro conseguiu, apesar de todas as dificuldades, fazer do Brasil uma nação de proporções monumentais. Laurentino observa como as mudanças provocadas pela fuga da família real portuguesa em 1808 deram início a um processo de maior autonomia que pressionou o príncipe regente a declarar a independência do Brasil. O autor mostra como as Guerras Napoleônicas, a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos influenciaram as ideias de brasileiros que defendiam o fim da submissão à metrópole, formando um ambiente favorável à criação de um novo país. No entanto, declarar a independência foi apenas o começo. Com os cofres brasileiros esvaziados por D. João VI em seu retorno a Portugal, D. Pedro se viu diante do desafio de reduzir os gastos do governo, construir a ideia do que é “ser brasileiro” e reprimir as revoltas internas. Para alguns brasileiros, era necessário romper radicalmente com os portugueses e proclamar a república, enquanto outros não viam motivo para ser parte do país que estava surgindo. Além das proporções continentais representarem uma dificuldade ao projeto de preservar a unidade do território colonial, em 1822 o Brasil já apresentava um cenário de extrema desigualdade. Enquanto cidades como Rio de Janeiro e Salvador contavam com uma população urbana, universidades e instituições governamentais, em outras regiões era praticada apenas a agricultura de subsistência. Foi necessário um esforço de vários personagens para estabelecer uma nova nação. Laurentino une a pesquisa a um texto leve e saboroso que trata história como um assunto cativante, que nos leva a compreender melhor as origens do Brasil e como problemas estruturais ainda influenciam a nossa realidade.
Nas últimas semanas de 1889, a tripulação de um navio de guerra brasileiro ancorado no porto de Colombo, capital do Ceilão (atual Sri Lanka), foi pega de surpresa pelas notícias alarmantes que chegavam do outro lado do mundo. O Brasil havia se tornado uma república. O império brasileiro, até então tido como a mais sólida, estável e duradoura experiência de governo na América Latina, com 67 anos de história, desabara na manhã de Quinze de Novembro. O austero e admirado imperador Pedro II, um dos homens mais cultos da época, que ocupara o trono por quase meio século, fora obrigado a sair do país junto com toda a família imperial. Vivia agora exilado na Europa, banido para sempre do solo em que nascera. Enquanto isso, os destinos do novo regime estavam nas mãos de um marechal já idoso e bastante doente, o alagoano Manoel Deodoro da Fonseca, considerado até então um monarquista convicto e amigo do imperador deposto. Essas e outras histórias surpreendentes estão em 1889, o novo livro do premiado escritor Laurentino Gomes. A obra, que trata da Proclamação da República, fecha uma trilogia iniciada com 1808, sobre a fuga da corte portuguesa de Dom João para Rio de Janeiro, e continuada com 1822, sobre a Independência do Brasil.
INFORMAÇÕES E RESENHAS: Amazon.com.br e Site Oficial Laurentino Gomes
IMAGEM DE CAPA: Das blaue Sofa on Visualhunt / CC BYCo
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