Uma tarde com Vinicius
Meu pai (e patrão) jogava duro comigo. De verdade. Hoje já começo a lhe creditar alguma razão. Eu era osso duro de roer, quando criança e adolescente, e como comecei a trabalhar cedo, ele não perdia a oportunidade de me “orientar”. Ao seu modo.
De vez em quando, no dia de receber o meu pagamento, eu recebia uma duplicata de algum cliente. Eu deveria cobrá-la, e assim, receberia o meu e daria o troco.
Numa segunda-feira, recebido o envelope com a minha surpresa, me mandei para a Moenda – restaurante temático de sucesso, especialista em culinária baiana, e shows folclóricos – na esperança de encontrar o seu proprietário, medico oftalmologista, cantor e boêmio, gente boa mesmo!
Lá chegando, perguntei a uma das baianas: cadê Ermano? E ela: lá em cima.
Quando abri a porta da sala, encontrei Vinicius de Moraes, sem camisa, tocando violão, sentado no chão, Ermano ao lado, na frente dos dois uma garrafa de vinho Rosé D’Anjou, algumas baianas-garçonetes cantando .
Meu cliente sinaliza para eu me acomodar, e assim, esqueci totalmente o que fui fazer e curti uma deliciosa tarde de musica, vinho e poesia com o nosso poetinha.
Chegando em casa, meu pai perguntou logo: recebeu? Não ia dar para explicar, então respondi: o cliente não estava. Vou voltar amanhã. Anos depois contei a verdadeira história e meu pai riu! Valeu!
Uma reunião com Chico Buarque
Recebi em meu escritório a visita de uma grande amiga, que foi me procurar para que eu opinasse sobre uma estratégia que ela havia desenvolvido para ajudar algumas creches para órfãos no Rio de Janeiro.
Após ouvi-la, e como se tratava de projeto para arrecadar recursos junto a empresários amigos do seu marido, então presidente de uma grande empresa, sugeri que desenvolvesse projetos que gerassem recursos, sem que ficassem para sempre “passando o chapéu”.
Ela então me pediu para ajudá-la, e assim, levei alguns dias preparando sugestões. Entre elas, sugeri que fosse feita a remontagem da Ópera do Malandro, de Chico Buarque, que tinha sido um sucesso quando foi encenada.
O prestígio do marido fez com que em poucos dias, a agência de propaganda de um amigo do casal providenciasse uma reunião e prá lá me dirigi, convocado.
À mesa estavam Chico, seu empresário, Vinicius, Liége Monteiro, eu, minha amiga e o dono da agência.
Então, o Chico abre a reunião dizendo: esta é a primeira vez que sou convidado por uma empresa interessada em me patrocinar! Me contem o porquê.
E eu, com a maior cara de pau disse: Quando a Ópera foi encenada, eu morava na Bahia, e não assisti. Agora, inseri esta ideia no projeto da minha amiga, para ver se conseguia!!! Todos riram.
Finda a reunião, tirei da minha pasta um LP da Ópera, e pedi ao Chico que a autografasse.
Ele escreveu:
"Ao Rubem, com o desejo de que ele finalmente possa assistir a Ópera do Malandro. Abraço. Chico Buarque"
Um autografo de Tim Maia
Era a minha terceira tentativa de assistir um show do Tim. A anterior, ele não foi porque o Botafogo havia perdido. Muito justo! A fila enorme na porta do Scalla, e a tal da comunicação.
Na segunda, no Canecão, o cancelamento ocorreu dias antes.
Finalmente, ele faria um show intimista, num bar fantástico que havia no Rio, o People.
Sentamos numa ótima mesa, bebemos um bom whisky e assistimos embevecidos o show do Síndico!
Ao final, com um LP na mão, me dirijo ao Tim e peço um autógrafo.
Ele, suando em bicas, me pergunta o meu nome e escreve bastante na capa do disco.
Quando cheguei em casa, não consegui entender nenhuma palavra da dedicatória. Pedi ajuda a vários amigo, e nada.
Pois é, tenho uma dedicatória autografada de Tim Maia. SECRETA!
Rubem Passos Segundo
Salvador, maio de 2014
FOTO DE CAPA: Montagem da Ópera do Malandro, de Chico Buarque. Reprodução WEB.
O Baby Beef na atualidade integra o grupo Pobre Juan, maior grupo empresarial de restaurantes do Brasil que, de pobre não tem nada. Pelo contário: a casa fundada pelo velho Mamede Paes Mendonça, conhecido como Sêo Mamede, sergipano que chegou a Salvador jovem, comerciante nato de arame farpado e outros, foi ele quem ensinou a baianada a beber uisque.
Mamede montou os primeiros supermercados da capital, uma rede monopolista que fez história na cidade em modernidade e também controle de preços, levando à mesa dos baianos as novidades e introduzinho os sistemas de autoatendimento derrubando e padarias galegas de então, obrigando-as com o correr dos anos a se modernizarem.
A Cesta do Povo, com ACM, nasce nessa época para permitir que as ações monopolistas da Rede Paes Mendonça fossem quebradas. Conseguiu em parte. Dizia-se, nunca devidamente provado, que o café do PM pesava 990 gramas, mas, marcava 1k. Eram tantas as histórias e folclore em torno do velho Mamede que, embora fosse extremamente discreto, tornou-se uma figura popular.
Até a década de 1970 a baianada classe média só bebia Jacaré, conhaque Castelo e os uisques nacionais Old Eight e Natu Nobilis, este último o mais chique. Só os ricos, ainda assim, poucos, consumiam Old Parr, 100 Pipers, Jack Daniel's e outros estrangeiros.
Havia os intermediários que também fizeram sucesso na classe média, o Bells (quando o sino batia era uma dor de cabeça da zorra), o Teatcher e o Passport (verde, quadrado e medalhado). Quase ninguém tomava vinho à moda atual, salvo durante a semana santa e nos verões na ilha de Itaparica. Vinho em garrafões de 5 litros.
Foi Sêo Mamede, no Baby Beef, quem trouxe a Bahia uma representação do Ballantine's, uisque importando e engarrafado no Brasil, que se tornou uma coqueluche durante anos até perder o trono para o Red Label. Era tão chique ir ao Baby bebericar um "Bala 12" que virou sinônimo de status.
O Baby Beef era o "point" de encontro dos empresários, de políticos, de comerciantes endinheirados, emergentes e profissionais liberais, especialmente nas sextas-feiras e sábados (o domingo era mais reservado às famílias) e as pessoas iam para lá a fim de trocar ideias, de fazer encontros de negócios, de paquerar, e para beber Ballantine's.
Tinha o "Bala 6" e o "Bala 12", assim apelidados, para diferenciar as idades de envelhecimento do produtos em 6 e 12 anos. O "Bala 12" era mais glamuroso e mais caro. Formar uma roda de amigos e colocar um "Bala 12" sobre a mesa era a prática dos emergentes.
Lembro, que editor em A Tarde no final dos anos 1980, o jornal fechava tarde da noite e saíamos da redação por volta das 23h30min, meia noite, Reinivaldo Brito dando os últimos retoques na primeira página com Jorge Calmon ao telefone. A gente mandava alguém ir à frente, quase sempre o nobre Raimundo Machado seguir para o Baby Beff, porque a casa fechava por volta da meia noite, mas, se tivesse alguém dentro ficava bebericando até mais tarde, e a turma ia chegando depois para intermináveis saideiras.
Tinha garçom que tremia: "Ih! lá vem a turma de A Tarde". Sem essa, a gente ficava até 1 ou 2 da manhã jogando conversa fora com Davi Oliveira, Raimundinho, Cleber Torres, Valmir Palma (o novo), Paixão Barbosa, Roberto Vicente, etc. E, claro, bebericando o "Bala". Quando a coisa tava boa, ou seja, dona Regina tinha pago o saláro, era o "Bala 12"; quando não, "Bala 6".
Diga-se, ainda, que naquela época, os produtos eram mais baratos, os garçons amigos caprichavam na choradeira (quase sempre dose e 1/2), e ainda se comia no Baby sem estrago nas finanças. Hoje, um mísero beef de tiras custa os olhos da cara, só para Bill Gates ou Eike Batista.
Nos anos 90, todas as sextas e sábados ia ao Baby Beff com Pedro Irujo, numa época em que trabalhei com o basco, 4 anos, quase sempre sentando na mesma mesa numa roda de amigos com Marcos Cidreira, Alberto Balazeiro, Edmundo Portugal, Diego Espanha, eventualmente Luiz Pedro e Djalma Costa Lino e, claro, o velho Pedro que era quem pagava a conta.
Ano 1990, yo e Pedro Irujo, na campanha politica e no Baby Beef todas sextas e sábados
FOTO: ACERVO AUTOR
Havia, na época do "Bala" um chiste dando conta de que, quando um político queria aparecer aos demais no amplo salão do Baby pedia para um amigo lhe telefonar (ninguém tinha celular nesta época) no número do restaurante dizendo que era o governador do Estado.
Aí a atendente pegava o microfone e avisava em alto bom som: "Atenção Sr Fulano de tal, o governador está no telefone e quer lhe falar urgente". O camarada não levantava de primeiro para dar tempo a moça fazer novo aviso sempre no mesmo tom: "Sr Fulano, o governador está na linha e pede urgência".
Aí o sujeito se levantava da cadeira atravessava o salão e ia atender o telefone. E ficava na bancada, ao lado do bar, gesticulando bastante e mostrando um falso prestígio. Com os empresários e comerciantes, a dica era dizer que Norberto Odebrecht, o empresário mais famoso da Bahia, estava na linha. Era uma galhofa.
Hoje, a mania da baianada é saborear vinho. Tem até sessões de degustações. Quem ajudou a difundir na Bahia a prática de se beber vinho foi Pepe Faro, o galego dono da Perini, o qual eventualmente levava jornalistas para conhecer o circuito Elizabeth Arden na Galícia (Pontevedra, Vigo e Santiago de Compostela) na base do 0800.
Hoje parece ridículo neguinho tomando vinho até em casa de praia, sol a pino, achando elegante. Até tem praiano que diz: - Só falta o frio europeu.
Bons tempos mesmo foram aqueles do "bala" de Sêo Mamede. Mais de 10 a 15 anos até que o red e o black tomaram conta do pedaço. O red é o "bala' 6 e o black label o "bala" 12. A baianada trocou de marca, mas, não se bebe mais uisque como antigamente, como na época do velho Mamede.
Tasso Franco
Salvador, abril de 2013
PUBLICADO ORIGINALMENTE EM: http://www.bahiaja.com.br/cultura/noticia/2013/11/12/seo-mamede-o-sergipano-que-ensinou-a-baianada-a-beber-uisque-por-tf,66302,0.html
FOTO DE CAPA: Reprodução WEB
Lá pelo inicio dos anos 70, eu já um homem feito, de uns 20 e poucos anos, casado e pai de uma menina linda, com o tanque cheio de energia, fui informado que seriamos representantes de um novo produto: Óleo de Algodão, fabricado em Fortaleza.
Naquela época, não se falava ainda de Soja, e o algodão era uma das alternativas.
Pois bem: acompanhado da informação, recebi de meu pai a determinação de que eu deveria estar em Fortaleza, no dia 02/01, às 08:00h., na fábrica, para uma reunião com o diretor comercial, que me apresentaria o produto e as instruções para representa-los na Bahia.
Pense bem! Eu doido por festa, já com réveillon programado, que seria emendado com a procissão do Senhor dos Navegantes, e finalizado com banho de mar e moqueca de peixe no Boteco do Tião na Boca do Rio, já fiquei atordoado!
Mas, tudo bem. Preparei minha maleta no dia 30, e já deixei no carro pronta para o que der e vier, inclusive com a passagem e reserva de hotel junto.
E me piquei para cumprir o exaustivo programa já prévia e meticulosamente planejado.
O resultado foi que, às tantas horas da tarde, após o dia/noite/dia do primeiro do ano, lá eu estava, embarcado, ao lado de uma senhora cearense, bem nutrida, e com carinha de vó! Completamente exausto e um tantinho bêbado!
Naquela época, não existiam voos diretos, e o meu saindo de Salvador, faria escalas nas cidade de Aracajú, Maceió, Recife e Natal, antes de finalmente pousar em Fortaleza, lá pela meia noite.
Apaguei antes do avião decolar de Salvador, claro, e, quando dei por mim, ouvi alguma coisa como: nosso tempo de voo até Natal será de aproximadamente ...
Sem saber direito quem eu era, quanto mais onde estava, abri os olhos e me encontrei confortavelmente instalado nos seios (colo?) da vozinha ao lado, sorrindo. Não lembro se me espreguicei; nem se pedi a benção!? Lembro de ter me ajeitado e dito: a senhora me desculpe, por favor!
E ela:
- Ô meu filho, se eu tivesse que me aborrecer com você eu já estava desde Salvador. Você até que não incomodou. Tá cansado não é? Sabe que tu me lembra meu filho quando tinha sua idade?
E assim, neste papo pra lá de Marrakesh, chegamos a Fortaleza, e me despedi - para sempre - da minha vozinha querida!
Dia seguinte, às 8 em ponto, lá estava eu na fábrica e tive que esperar um bom tempo até o diretor chegar, atrasado, como todos os brasileiros chegam no dia 02/01. Menos um, EU!
Ouvi as explicações, conheci a fabrica e os escritórios, peguei as amostras, almocei e fui para o aeroporto fazer o caminho de volta: Fortaleza/Natal/Recife, Maceió, Aracajú e finalmente Salvador. É bom deixar claro que a viagem de volta demorou umas dez vezes mais que a de ida, dada a ausência de embriaguês, do cansaço e da avó.
Pois bem, ao que interessa:
O maior comprador da Bahia, era a empresa Paes Mendonça & Cia. Ltda., e o produto, óleo comestível, só o Presidente podia comprar.
Era o Seo Mamede, como era conhecido. Personalidade carismática e encantadora, tinha como tempero à sua sina, ser gago!
No dia imediato ao meu retorno de Fortaleza, lógico, fui procurá-lo para oferecer o meu mais novo produto.
Ele era um gênio em compras e expert em esculhambar o produto do outros, e aí mandou:
- Conheço. Não é muito bom, mas compro 1.500 caixas se fizer a tanto!
A grande marca da época era o SALADA. Imbatível.
Eu fiquei mais feliz que pinto no lixo, afinal, logo na primeira visita, uma proposta, e de uma carga completa!!!
Voltei para o escritório, liguei para a telefonista, e pedi uma ligação interurbana para Fortaleza. A moça, muito educada, me disse que dentro de aproximadamente umas quatro horas, a ligação seria completada. Na época, era o que tinha de melhor em termos de comunicação, os tais interurbanos.
Final da Tarde consegui falar com o diretor; ele não gostou da proposta, eu argumentei e finalmente ele disse que no dia seguinte me daria a resposta!
Como dormir?
Passei o dia inteiro grudado no telefone, e nada. Até que no final da tarde chegou a resposta: proposta aceita! pode fechar!
Corri para o escritório de Seo Mamede onde não o encontrei. Saíra mais cedo para ir ao médico.
Por via das dúvidas, no dia seguinte logo cedo, passei no nosso escritório, emiti o formulário de pedido e o levei já pronto para ele assinar.
Cheguei em frente dele e mostrei o pedido, dizendo: consegui aprovar a proposta do senhor; por favor, assine!
Ele me olhou e disse:
- O que é isto?
Eu falei:
- A proposta que os senhor me fez, foi aprovada. Eu consegui!
Ele falou:
-Mas isto foi há três dias. Hoje eu não quero mais que já comprei mais barato!
Quase choro, me lembro.
Olhei pra ele sério e disse:
- Seo Mamede, saí daqui tal hora, pedi a ligação, esperei ........................................... e contei toda a via crucis para chegar àquele resultado, e agora, não está certo o senhor não querer mais! Por favor, assine o pedido!
Ele, com a cara meio séria (mas disfarçando um quase sorriso), pegou uma revista e me disse.
- Até-té lo-logo. Tô-tô com dor de baaaa-rriga!
E sumiu!
E eu fiquei plantado na cadeira defronte da mesa dele, esperando sua volta.
Uma meia hora se passou (acho), quando percebi - parece mentira - ele escondido atrás de uma parede da sala, me olhando para ver se eu saía.
Aí é que eu não ia sair mesmo.
Daqui a pouco ele entrou na sala e falou:
- Me dê aí logo, seu chato. Vou tomar prejuízo nessa compra!
E assinou.
Claro que ele não tomou prejuízo nenhum. E eu, feliz demais por ter fechado a venda, nem lembrei mais de quanto foi difícil!
Rubem Passos Segundo
Salvador, outubro de 2015
FOTO DE CAPA: Reprodução WEB
Um bom prato de fettuccine à carbonara é simples e rápido de fazer e que possui um sabor intenso. Perfeito para aquele jantar rápido durante a semana.
Se o vinho é realmente poesia engarrafada, como diz Stevenson, então ninguém melhor que um poeta nordestino pra transformar cada gole numa estrofe de sabor
Querida Vó Raquel,
Das memórias que guardo da infância, o seu pudim de leite ocupa um lugar de destaque no meu coração. Assim como a memória do meu passado circense, quando conseguia passar a cabeça pela grade da casa do Barbalho e a tirava sem a ajuda dos bombeiros. Eu era um membro orgulhoso das “Frenéticas (como você e meu avô chamava a mim e a minhas 3 irmãs).
Ainda mais importante, trago a lembrança nebulosa e querida de um avô sentado na cabeceira da mesa. Um avô que sobreviveu através das suas histórias e da história de um grande amor. Meu avô sobreviveu e hoje conheço com seu jeito moleque, seu senso de humor e seu romantismo.
Assim como meu avô, meu bisavô também sobreviveu e hoje conhecemos sua bondade bem-humorada e sua grande parceria com a nossa Vovó Dafinha.
Tudo isso graças as suas histórias, Vó. Histórias coloridas e cheias de detalhes. Detalhes de viagens, de lugares, de cheiros e de amigos. De irmãs e irmãos que fugiam para ver o circo e de uma mãe que não sabia o fazer com tanta “traquinagem”... Histórias contadas em prosa e verso, com sua linda caligrafia e seu jeito de poetisa.
Minha amiga Suzanne quando visitou o Brasil e te conheceu, me disse que puxei a senhora porque adoro escrever, viajar e fazer amigos. Foi um grande elogio.
Também herdei a sua fé em Deus. Mas talvez não tenha herdado a sua positividade inabalável, a sua maneira de sempre acreditar que tudo vai ficar bem, o seu jeito de superar o insuperável, sem nunca esquecer de colocar batom.
Se não herdei essas qualidades, elas me inspiram a ser uma pessoa melhor.
A senhora me ensinou a partir do exemplo e têm sorte os que puderam tirar lições de uma vida que é vivida com alegria, fé e amor.
Eu te amo muito “Minha Vó Raquel” e prometo estar presente na festa de 100 anos.
Doris e as meninas “vous envoient beaucoup d’amour”.
Doris manda um beijo especial: “para uma mulher maravilhosa e doce, ma grand-maman Passos.”
Feliz Aniversário!
Gabi
Montreal, março de 2010
FOTO DE CAPA: Reprodução acervo familiar
José Júlio Calasans Neto (Salvador, BA, 1932 - idem, 2006). Pintor, gravador, ilustrador, desenhista, entalhador e cenógrafo. Estuda pintura com Genaro de Carvalho. Na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, UFBA, tem aulas de gravura com Mario Cravo Júnior.
Em Salvador funda, com outros artistas, a Jogralesca (teatralização de poemas), a revista Mapa e a Editora Macunaíma. Especializa-se em gravura em metal e madeira e empenha-se na relação da gravura com a cultura popular e o cordel.
Entre 1956 e 1965, cria cenários para produções como Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri. Ilustra romances como Tereza Batista Cansada de Guerra e Tieta do Agreste, de Jorge Amado. Nos anos 80 passa a dedicar-se também à pintura.
Outras informações:
Outros nomes em que foi conhecido:
- José Júlio de Calasans Neto
- Calazans Neto
- José Júlio de Calazans Neto
Habilidades:
Gravura Feras Estilizadas, 1968, PA
TEXTO ORIGINAL: Enciclopédia Itaú Cultural, Verbete Calasans Neto
IMAGEM CAPA: Cabras e Paisagens, 1979, painel em madeira entalhada
FONTE IMAGEM CAPA: Reprodução WEB
Não adianta. Volta e meia lembro de alguma pisada de bola do meu passado. E, como sempre, o meu pai era (contra sua vontade), ativo personagem do ocorrido.
Quando eu falava em dirigir, meu pai, para quem não lembra, jogo duro, dizia: esqueça! Só quando completar 18 anos, e se merecer!!! (aí era covardia; merecer era a parte mais difícil, para não dizer, impossível!).
Mas, Deus existe, e minha mãe resolveu aprender a dirigir!
O velho havia vendido o seu Chevrolet Bel Air 1956, e com os recursos apurados, comprou dois automóveis (como se dizia à época): um fusca e uma Kombi. Era importante minha mãe aprender a dirigir pois ela poderia ajudá-lo nas entregas de alguns produtos que ele comercializava, além de fazer as compras da casa, etc.
Procurou se informar quem era um bom instrutor, e o contratou; homem sério e competente.
Combinaram tantas aulas por semana, coincidentemente no turno que eu não estava na escola. Eu tinha então uns 14/15 anos, se tanto. Pedi a minha mãe, que me deixasse assistir as aulas, e assim, lá ia eu no banco de trás, prestando toda atenção.
Embora nunca tivesse pego no volante, quando minha mãe completou o curso, eu me senti pronto também, embora tivesse faltado algumas aulas, a bem da verdade!
O problema agora seria a minha estreia como motorista, uma vez que a resposta às minhas súplicas, era sempre a mesma: NÃO!
Eis que, num belo dia de sábado, teve um almoço barra pesada lá em casa, e meu pai, depois de uns tantos pratos fundos e varias louras geladas, capotou.
Há muito o plano já estava concebido, faltando apenas a ocasião apropriada, para sua realização.
Minha mãe já estava acabando com a arrumação da cozinha, quando eu, pé-ante-pé, adentrei no quarto de meus pais, e com a mão tremula, afanei as chaves do carro no bolso da calça que estava pendurada no cabide.
Mais um pouco, a minha velha também foi ao encontro de Morfeu, e eu, após verificar que os demais moradores da rua também estavam recolhidos, entrei no fusca, liguei o motor, e.......pronto! saí como um canguru, aos pulos!!!! Só lembrava do instrutor dizendo a minha mãe para tirar o pé da embreagem devagar, mas, a ansiedade era tanta que esqueci deste detalhe!
E aí fui em frente. Sai da rua, dobrei a direita e fui para um bairro próximo, com direto a descida e subida de ladeira. Na hora que cheguei no plano, e olhei para o final da rua, gelei. Era fim de linha de ônibus, e tinha mais coletivos que eu suportaria enfrentar.
Então, resolvi retornar do meio da rua mesmo. Virei volante para a esquerda, fiz a meia lua, e depois, engatei a ré! De novo o pé saiu mais rápido do que devia da embreagem, e atingi em cheio o muro de uma casa que desabou na hora!
PQP! Me ....! Me .....MESMO!!!!
Primeira marcha e voei para casa. Parei o carro no mesmo lugar que estava, pois para minha sorte, nenhum filho de Deus havia ocupado a vaga, fato este que me escapou no planejamento inicial. Peguei uma flanela que tinha no porta-luvas, limpei as digitais (hahá!!!) , e o local da colisão mural!
Fui experimentar abrir a tampa do motor, que no fusca fica na traseira, e nada. A porrada empurrou o para-choques para a frente e a tampa não abria.
Gelei, mas, como nada mais podia fazer, devagarinho abri a porta do quarto dos meus amados pais que dormiam profundamente (meu pai roncava tanto que eu ouvi da porta da entrada), e repus o chaveiro no bolso da calça.
Daí era rezar e pedir a Deus um milagre (o garantido seria uma surra!).
No dia seguinte, como todos os domingos, íamos todos à missa, na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo! Eu e minhas irmãs no banco de trás, meu pai ao volante e minha mãe no carona.
No caminho da igreja, meu pai sempre parava o carro na banca que tinha na Quitandinha do Capim, e comprava o jornal.
Eis que, Papai do Céu aproveitou para corrigir o meu mal feito.
Meu pai passou da banca, e lembrou do jornal. Ato contínuo, engrenou a marcha-a-ré e.......PÔ! Bateu em um carro que estava chegando atrás, cujo motorista também iria comprar o jornal. E como parte do milagre, era um vizinho nosso.
Meu pai saiu do carro, pediu desculpas, e foi dar uma conferida na tampa do motor que, obviamente, não abriu!!!
Só tive tempo de olhar para o céu, e disfarçadamente, fazer o sinal de positivo, com o dedão! Chegando na missa, rezei uns dez Pai Nosso e outras tantas Ave Maria para saldar meu débito. Obrigado Senhor! Obrigado Minha Mãe do Céu!
Escapei!
Rubem Passos Segundo
Salvador, outubro de 2015
IMAGEM DE CAPA: Animação Volkswagen Fusca - "The Last Mile" ("A Última Milha"), agência Johannes Leonardo, 2020, para a Volkswagen USA.
IMAGEM DO TEXTO: Acervo familiar (fotografia das anotações de aula em dezembro de 1961)
Tem receitas que são clássicos da comida do dia-a-dia. Pra se comer em casa mesmo, sem muita pompa, mas com muito sabor. A carne de panela é uma dessas. Seja acompanhada por um arroz branco soltinho, ou com uma farofa e pimenta, nos devidos moldes baianos, é pra comer de se empanturrar!
No meio de tantas más notícias, leio, voltando dos Estados Unidos, a compra da Kraft Foods – uma das maiores empresas do mundo – pelo Grupo3G dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, isto depois de Ambev, Burger King e da Heinz.
E penso. Este é o Brasil que dá certo!
Lembro do dia do lançamento do Bairro Residencial Cidadelle I, do qual participei como convidado.
Me assustei quando vi a maquete exposta no stand de vendas.
Pensei: este Denis é um cara muito ousado!
Os três: Denis, André Luiz e Eliana, sócios e diretores do Grupo André Guimarães, responsáveis por este lançamento.
Quando uns se recolhem, tremem, outros seguem em frente, e fazem, acontecem e empreendem.
Tantos eles, os empreendedores, quanto os corretores e clientes que acreditaram no projeto.
Fui convidado para a inauguração do Cidadelle I programada para o dia 24 de abril. Estarei lá. Com certeza.
Imagino a felicidade das famílias que adquiririam seus lotes, e que agora, poderão construir a casa dos seus sonhos, num bairro fantástico. Único no Brasil sendo entregue, dentre todos os benefícios prometidos, com um excelente Clube pronto, equipado, e com um centro médico empresarial em inicio de construção.
Não tenho dúvida alguma que, a valorização desses lotes, e do bairro, terá um desempenho totalmente diferente do resto do mercado. Bem maior, com certeza. Mesmo no momento atual.
Novamente: Este é o Brasil que dá certo!
A partir de agora, todos, clientes, arquitetos, engenheiros, decoradores, pedreiros, encanadores, eletricistas, pintores, , comerciantes de materiais de construção, produtos de decoração, moveis, eletros, eletrônicos, jardinagem, piscinas, etc., vão dar novo ritmo ao negócios da região.
O ritmo da consolidação do Bairro Planejado Cidadelle 1, com certeza, contribuirá, junto com outras inciativas, como a FIOL, o Porto Sul, o novo Aeroporto de Ilhéus, a duplicação da BR 415, a nova Ponte do Pontal, e o Cidadelle Praia, para que a região Sul da Bahia se destaque e sirva de exemplo positivo, para todo o Brasil, que, nas crises, surgem as melhores oportunidades.
Rubem Passos Segundo
Salvador, abril/2015
FOTO DE CAPA: Divulgação
PARA CONHECER MAIS SOBRE OS EMPREENDIMENTOS CIDADELLE I (HOUSE E OFFCE) e CIDADELLE PRAIA DO SUL: http://cidadelle.com.br/
Receita típica nordestina, o Baião de Dois é um prato simples e cheio de sabor pra apreciar nesse período junino.
Em 1980, a Melitta, prestes a inaugurar sua fabrica de café, que viria a ser a pioneira na utilização de vácuo na embalagem dos seus produtos, convoca seus representantes (ói nóis aqui, traveis!), gerentes e vendedores, para uma visita às novas instalações.
Não lembro exatamente o mês, mas, fazia muito frio.
Para São Paulo veio gente de todo o Brasil, e na hora marcada, embarcamos num ônibus leito, rumo a cidade de Avaré.
Como um homem prevenido vale por dois, levei uma meia garrafa de whisky que tinha, na minha sacola. Vai que o frio aperta, né não?
Muito bem , o ônibus partiu, e até sair dos limites da cidade de São Paulo, a conversa corria à solta. Um monte de vendedores juntos, tem que ter muito papo.
Demorou um pouquinho e o papo foi diminuindo, o sono chegando, e, tão logo o ônibus passou de um pedágio, PÔ!!! Estourou um pneu dianteiro!
O motorista parou no acostamento, descemos todos para ver o que foi, lógico, mas o frio nos empurrou de volta ao ônibus.
Com todo o cuidado para ninguém ver, enfiei a mão na minha sacola, peguei sorrateiramente a garrafa, e só foi o tempo de dar um golão. Vupt! Foi arrancada das minhas mãos, e em pouco minutos retornou para o meu segundo e ultimo gole!!! Ainda bem que fiquei com o casco para a próxima viagem.
Pneu trocado, viagem completada, chegamos todos cansados ao Hotel em Avaré.
Café da manhã marcado para as 08:00h, e saída para a fábrica às 09:00h. A ideia era visitarmos a fábrica, depois almoço seguido de reunião de vendas, e retorno ao hotel para jantar, dormir e dia seguinte, retornar à São Paulo.
Detalhe importante: éramos cerca de 30 pessoas, sendo 27 homens e 3 mulheres.
Um senhora beirando os 70 anos, outra senhora de uns 45, amiga de todos, e uma jovem de pouco mais de 20 anos, secretaria do Gerente de Vendas.
Esta última, claro, alvo de todas as atenções, olhares e desejos dos galãs presentes, eu à frente, naturalmente.
Cumprida toda a agenda, nos recolhemos aos nossos apartamentos, todos muito bem servidos, com frigobar abastecido de água e refrigerantes, ar condicionado, etc. Após o banho, vesti minha inseparável pijama, e ...cama.
Não demorou nada, o telefone tocou!
- Alô
- Guga?
- Sim
- Fulana
- Oi!!!
- O que você esta fazendo?
- Deitado, pensando em você!!! (bingo!)
- Porque você não vem ao meu quarto?
- Posso???
- Venha. Estou me sentindo muito sozinha. Vou deixar a porta encostada...
- Tô indo!!!
Aí mermão, consciente da infalibilidade e irresistibilidade da minha simpatia e beleza, nem pensei duas vezes. Dei uma penteada rápida nos cabelos, e de pijama e sandália de dedo, esgueirei-me pelo corredor até chegar ao desejado ninho de amor, cuja porta, conforme combinado, estava encostadinha da silva! Aê era só correr para o abraço!
Empurrei a porta devagarzinho e ........................ lá estavam, sentados num sofá, a papear, o Gerente Comercial e o Diretor de Marketing.
- Oi, um deles falou
- Tem água? (Foi tudo que consegui pronunciar)
- Claro. Pode pegar! No seu quarto não tem?
- Acabou! Obrigado, boa noite e, desculpe aí!!!
Rapaz, nem uma risadinha os FDP's deram!! Nada!
Voltei para o meu quarto, P da vida, peguei o telefone para ligar para a cidadã, ainda na vã esperança que eu tivesse errado o numero do quarto, e nada. Ela tirara o telefone do gancho e assim, tive que concluir que fui o bobo daquela corte.
Dia seguinte, segurei a dita cuja pelo braço, e antes de conseguir pronunciar uma única palavra, ela falou:
-Foi o nosso chefe que mandou!
Ponto final! a vingança viria mais tarde, mas aí, já é outra história.
Rubem Passos Segundo
Salvador, outubro 2015
Não é porque estamos em isolamento que não vamos apreciar os sabores do São João. Aqui vai uma receita inspirada no espírito junino, um típico cuscuz, numa versão pra comer sem moderação.
Estou assistindo uma serie na TV, que tem tanta gente marron (de marromeno, ou mais ou menos, em baianês).
Gente ruim mesmo!
Aí, não sei de onde, me lembrei do meu padrinho.
Segue a minha história:
Meu pai, rapaz trabalhador, namorando a filha de um rico comerciante e fazendeiro do interior, precisava se prevenir, na hora de pedir permissão ao meu avô para namorar a minha mãe.
Procurou um cliente importante dele, outro comerciante de prestigio na cidade, e pediu que ele lhe autorizasse a dar o seu nome como fonte de informações para o velho.
Dito e feito: Meu avô foi conversar com o tal, e as informações foram as melhores possíveis: rapaz sério, respeitador, trabalhador, boa família, dinâmico. Com certeza seria um bom partido.
Aí pronto, o velho namorou, casou, tiveram a primeira filha, minha irmã, e um ano e meio depois, nasci!
Em retribuição ao favor que o rico cliente lhe fez, convidou-o para ser meu padrinho de batismo.
“… para a Igreja Católica os padrinhos existem para ajudar os pais a conduzirem o batizado no caminho que consideram o melhor, na vida em comunidade, na Igreja, na participação dos outros sacramentos. Antigamente, era muito comum, inclusive, os padrinhos se tornarem responsáveis pelas crianças se os pais morressem, tamanha a responsabilidade dessa atribuição”.
Após o batismo, o meu amantíssimo padrinho e quase pai, escafedeu-se! Sumiu!
Não tenho nenhuma lembrança do dito cujo, até que, ao completar dezoito anos, eu, carnavalesco de primeira, cheio de energia, metido a conquistador, doido para conseguir um convite para um baile de um determinado clube de Salvador, conhecido por uma certa liberalidade nos bailes de carnaval, soube, não sei como, que o nome do Presidente do clube era o do Sr. Meu Padrinho! Não acredito! Pensei, já vibrando!!! É agora que eu vou conhecer meu dindo!! E ele não haverá de negar um convitezinho para um afilhado com quem ele nunca gastou um centavo!!!
Falei com meu pai, para garantir que o homem era ele mesmo, e ele concordou que eu podia ir tentar o tal convite, meio a contragosto, claro.
Me arrumei direitinho , e fui até o estabelecimento comercial do padrinho, logo após o almoço. Ele ainda não havia chegado, mas não deveria demorar.
Daqui a pouco o velho chegou, se aprumou na cadeira da sua escrivaninha, e olhou pra mim, perguntando: o que é?
Eu peguei a minha carteira de identidade e entreguei a ele.
Ele olhou, olhou, olhou, olhou pra mim, e disparou: você é meu afilhado não é?
-Sim Senhor! (Emoção pura. Por causa do convite, claro)
-E o que você quer? (Delicado, né?)
-Soube que o senhor é o presidente do clube, e gostaria de lhe pedir, que o senhor me conseguisse uns convites para eu brincar o carnaval.
Ele me olhou, balançou a cabeça, visivelmente incomodado, e disse:
-Dessa vez eu não posso lhe negar. Venha buscar os convites tal dia.
-Mas!!!! No ano que vem, veja se você se associa, pois não gosto de dar convite a ninguém.
- E eu: Obrigado meu padrinho. Sua benção.
FUI!!!!
Gente boa o velho, né?
Nunca mais o vi. Soube da sua passagem para o andar de cima pelos jornais.
E pensei: que Deus o tenha, e não lhe negue convites!!!
Rubem Passos Segundo
Salvador, agosto de 2015
IMAGEM DE CAPA: Reprodução WEB
Quando tudo isso passar, meudestino é a Bahia, pois quando penso em acarajé, chega a dar água na boca!
Marquei para encontrar um corretor numa concessionária de automóveis em Alagoinhas, Bahia.
Cheguei na hora marcada, vindo de Salvador, e com a urgência de quem toma remédio para pressão alta, fui direto ao banheiro.
Aliviado, o corretor me convida a tomar um cafezinho.
(...coisas da Bahia. A casa é dos outros, mas o moço age como “da casa”)
A garrafa térmica com o café fica numa mesinha atrás da mesa de trabalho de um vendedor da empresa, que naquele momento está atendendo um casal, prováveis clientes de um determinado modelo de carro.
Sem querer, ouço a senhora perguntar:
-E se quisermos converter para gás?
E o vendedor, finíssimo, responde:
-Aí é que tá a merda!!!
Saí logo dali com meu cafezinho para não dar um risada, ou um tapa na cabeça do dito cujo.
Salve a Bahia!!!
Por hoje é só!
Rubem Passos Segundo
Alagoinhas, BA, maio de 2014
IMAGEM DE CAPA: Freepik.com
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